O que é a Farmacodependência?

A farmacodependência, também conhecida como dependência química, é um transtorno mental caracterizado pelo uso compulsivo e repetitivo de uma substância psicoativa, apesar das consequências negativas para a saúde física, mental e social do indivíduo.

As substâncias psicoativas incluem drogas ilícitas, como cocaína, heroína e maconha, bem como medicamentos prescritos, como benzodiazepínicos, opiáceos e estimulantes. O uso repetitivo e compulsivo dessas substâncias pode levar a mudanças no cérebro que aumentam a tolerância, ou seja, a necessidade de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito, e a síndrome de abstinência, que pode ser muito desconfortável e, em alguns casos, perigosa.

A farmacodependência é um transtorno crônico que pode ter consequências graves, como danos ao fígado, coração, cérebro e outros órgãos, bem como problemas de saúde mental, incluindo ansiedade, depressão e psicose. Além disso, a dependência química pode ter um impacto significativo nas relações pessoais, no trabalho e na vida financeira do indivíduo.

O tratamento da farmacodependência geralmente envolve uma combinação de terapia comportamental, medicação, apoio social e outras terapias complementares. É importante procurar ajuda profissional o mais cedo possível para minimizar as consequências negativas da dependência química e aumentar as chances de recuperação bem-sucedida.

Como saber se sou farmacodependênte?

 A farmacodependência é um transtorno complexo e pode ser difícil reconhecê-la em si mesmo. No entanto, aqui estão alguns sinais e sintomas que podem indicar uma possível dependência química:

1. Uso compulsivo: o uso repetido e compulsivo de uma substância, apesar das consequências negativas para a saúde física, mental e social.
2. Tolerância: a necessidade de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito.
3. Síndrome de abstinência: a ocorrência de sintomas físicos e/ou psicológicos desconfortáveis ??quando o uso da substância é interrompido ou reduzido.
4. Dificuldades em parar ou reduzir o uso: tentativas repetidas e fracassadas de parar ou reduzir o uso da substância.
5. Interferência nas atividades diárias: o uso da substância começa a interferir nas atividades diárias, incluindo trabalho, escola e relacionamentos.
6. Continuação do uso apesar dos problemas: uso contínuo da substância, apesar de problemas de saúde, financeiros, legais ou outros problemas.

Na Tolerância Farmacodinâmica ocorre uma alteração no mecanismo de ação do fármaco. Para que o medicamento consiga fazer seu efeito terapêutico ele precisa atravessar a membrana plasmática da célula (membrana que recobre a célula), no alvo desejado. A entrada do fármaco na célula do corpo precisa, muitas vezes, de uma proteína transportadora que chamamos de receptor.

Esse receptor possui um encaixe (senha) para se acoplar ao medicamento. Podemos fazer uma analogia ao mecanismo de ação do fármaco ao sistema de “chave-fechadura”. A molécula do fármaco é a chave e o receptor da membrana é a fechadura. Quando combinadas corretamente o fármaco consegue atravessar a membrana celular e entrar no tecido alvo.

A Tolerância Farmacodinâmica ocorre quando, por excesso de doses de medicamento, o organismo satura e troca a “fechadura” da membrana plasmática e o Fármaco não consegue mais atravessar essa barreira e exercer seu efeito dentro da célula. O fármaco tomado por diversas vezes induz a uma degradação nos seus  receptores (FECHADURA) de membrana. O organismo muda a fechadura da sua porta e o fármaco não consegue entrar na célula.

?Dessa forma, quando ocorre a Tolerância Farmacodinâmica, o organismo muda a fechadura e o fármaco não mais consegue se  liga ao receptor de membrana porque não tem a CHAVE CORRETA para a nova fechadura.  Portanto, o fármaco faz mais o efeito desejado, mesmo com o aumento da dose do medicamento.

Se você estiver preocupado com a possibilidade de ser farmacodependente, é importante buscar nossa ajuda profissional. Fale agora conosco!